Isabela Figueiredo escreveu um post sobre o S. Valentim, livros em bibliotecas públicas, mementos dentro de livros e uma banda sonora muito adequada. O post do dia.
Leia-o e vá namorar.
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Isabela Figueiredo escreveu um post sobre o S. Valentim, livros em bibliotecas públicas, mementos dentro de livros e uma banda sonora muito adequada. O post do dia.
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Foi há um ano que publicámos este post.
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Doze meses no top 10 de vendas da Angelus Novus, sete meses dos quais em primeiro lugar; entrevistas à rádio, televisão, publicações periódicas nacionais e estrangeiras; 4 edições; quase 2.000 visitas no YouTube; inúmeras recensões, críticas, posts, documentos académicos depois, eis que a Angelus Novus Editora celebra um ano de edição divulgando mais um excerto áudio do livro Caderno de Memórias Coloniais.
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Um texto sobre a morte de um tempo, lido pela autora.
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A Angelus Novus vem por este meio informar o público português de que, por uma questão de ecologia do mundo editorial, não publicará nenhum livro a propósito do centenário do 5 de Outubro de 1910.
Estamos certos de que o público português nos ficará reconhecido.
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Palavras para quê? É um artista portuense que escreve coisas pequeninas e agridocinhas.
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Publicamos agora as respostas de Luís Oliveira às perguntas de autores e colaboradores nossos. A todos, o nosso muito obrigado.
Manuel Portela é Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo sido director do TAGV. Poeta experimental e performer, tem obra vasta sobre história do livro e «Digital Humanities». É autor da Antígona e tradutor de algumas das obras maiores do catálogo da editora. Traduziu e escreveu poemas para a Inimigo Rumor e colaborou de várias maneiras com a Angelus Novus. Dirigirá em breve uma colecção na nossa editora.
P: A qualidade das traduções tornou-se também uma referência da Antígona. Qual o lugar e a importância da tradução no projecto da editora?
LO: A qualidade das traduções é essencial numa editora como a Antígona, que vive de autores estrangeiros. Apesar dos nossos parcos recursos, pagamos aos nossos tradutores cerca de 20% mais do que geralmente se paga no mercado. Temos excelentes tradutores, alguns infelizmente mortos, como Luiza Neto Jorge, Manuel João Gomes, Ernesto Sampaio e Torcato Sepúlveda. Também pagamos aos tradutores uma percentagem determinada nas reedições de algumas obras. Concedemos ao tradutor a força de autor, colocando o seu nome na capa. Fomos, deste modo, os primeiros a reconhecer o real valor do tradutor, um exemplo que não tem sido seguido pela maioria das editoras, que desprezam estes grandes «carpinteiros» da escrita.
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A pedido nosso, Luís Oliveira, editor refractário responsável pela Antígona, respondeu a uma série de perguntas da Angelus Novus e de alguns autores e colaboradores seus. Publicamos neste post as suas respostas às perguntas da Angelus Novus. Deixamos para o próximo a respostas de Luís Oliveira às perguntas dos nossos autores.
Angelus Novus: A máscara sardónica que é o logo da Antígona vem acompanhada de uma descrição da casa editorial: «Editores Refractários». Refractários a quê, se nos permite a pergunta?
Luís Oliveira: Somos refractários às leis que regem todo o sistema de opressão em que vivemos. A Antígona resiste à acção do fogo, sem mudar de direcção.
AN: O catálogo da Antígona sempre foi muito político, mesmo quando literário (pensamos por exemplo no significado da centralidade atribuída na ficção à obra de Jack London ou George Orwell). O facto de essa política não ser a consensual, mas sim claramente alternativa – radical, marginal, etc. – mostra que há um público para suportar uma editora com um projecto muito definido nessa área?
LO: É evidente que, se não tivéssemos leitores, não existiríamos estes trinta anos, pois não possuímos outros recursos para além das vendas dos nossos títulos. O facto de termos um projecto muito bem definido, nesta e noutras áreas, atraiu um certo público, que se tem mantido fiel às ideias que veiculamos.
AN: Como editor com um projecto muito coerente, sente que o seu público aumentou, diminuiu ou se manteve nestes 30 anos?
LO: O público da Antígona tem sempre vindo a crescer ao longo destes trinta anos. É um público maioritariamente jovem, apaixonado pela nossa linha editorial. A publicação da obra completa de Albert Cossery aumentou exponencialmente o número de leitores mais jovens.
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«com a língua de fora
Das muitas coisas que se podem fazer com a língua, passar vinte e cinco anos com a língua de fora é, sem dúvida, uma das menos aconselháveis. Não apenas por revelar obstinada contumácia em tão indecorosa postura, mas também por indiciar multi-resistência às agressões do ambiente sobre o órgão em causa. Resistência ao ar que seca a língua e aos micróbios que por ela transitam, e resistência ao olhar que quer ver a língua no seu lugar, isto é, dentro da boca. Definida pelo dicionário como “corpo carnudo, alongado, móvel, situado dentro da boca, que serve para a deglutição e a fala e que é o principal órgão do sentido do gosto”, a língua é uma das extensões do corpo humano para tocar a superfície do mundo e para partilhar esse toque na comunicação com outrem. Talvez por isso o linguado designe simultaneamente o toque das línguas e as línguas de papel que o tipógrafo compõe. É como se a página impressa beijasse o leitor com a membrana mucosa da escrita. Um cheiro a tinta que, se o não intoxica, o deixa a salivar. Os fluidos simbólicos sempre dependentes dos fluidos corporais e vice-versa.
A tactilidade da língua que o livro é ganha a partir daqui um segundo grau: pela lógica desta metáfora o livro seria então uma língua feita de língua, entendida neste caso através da acepção referida pelo dicionário como “idioma de uma nação”. Sendo assim, o que acontece quando os livros deitam a língua de fora? Duas coisas parecem acontecer. A primeira: o livro estar cansado da correria que o conduziu por mero acaso às mãos do leitor ou da leitora e, nesse respirar ofegante, lançar-lhe um último repto mostrando-lhe a lepidóptera extremidade como quem lhe piscasse o olho. Uma língua malcriada, mas em plena sedução. A segunda: o leitor ou a leitora perceberem que o livro traz na ponta da língua aquilo que neles parecia estar condenado a permanecer para sempre debaixo da língua. A sua língua muda perfurada pelo piercing da eloquência. É neste duplo acontecimento, neste circuito que liga a inquietação do leitor e a inquietação do texto, que o ex-libris da língua de fora completa a operação simbólica que consiste em ligar a caraça a um corpo de textos.» MP, 6 de Outubro de 2004
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No final do ano passado, celebraram-se os 20 anos dos Livros Cotovia, editora com a qual a Angelus Novus há muito mantém relações próximas. Agora, neste mês de Junho que acaba de expirar, celebraram-se os 30 anos de uma outra pequena-grande casa editorial portuguesa: a Antígona. A Angelus Novus associa-se à celebração desta data, que é para todos os efeitos uma efeméride no nosso mundo editorial: a da vida, longa de três décadas, de uma casa editorial única, pelo perfil muito marcado do seu catálogo, o mesmo é dizer, pelo seu valor de exemplo: de dedicação, de coerência, de aumento consistente dos critérios de exigência no que toca à realização material dos livros, enfim, de resistência a um meio que parece ter cada vez menos lugar para projectos como o da Antígona, casa auto-declarada de «editores refractários».
Propomos, pois, aos nossos estimados leitores, visitantes e clientes, um exercício que se nos afigura indispensável: em primeiro lugar, o que consiste em reconhecer os méritos da concorrência e em aprender com ela (por exemplo, aprender com a Antígona a intransigência no que toca à «caça à gralha», que faz dos seus livros, nessa matéria, os melhores do país), o que passa por elogiar sem reservas quem o merece, na sequência de uma prática que aqui lançámos há tempos e à qual regressaremos periodicamente; depois, o que implica dar a voz às pessoas que trabalham neste ramo, dialogando com elas sem outra barreira que não a da exigência com que definimos «a nossa família electiva» ou aqueles que, apesar de divergências de programa, nos merecem todo o respeito profissional.
A homenagem da Angelus Novus à Antígona concretizar-se-á, nos posts que se seguem, (i) num texto de Manuel Portela, nosso amigo e colaborador e autor muito presente no catálogo da Antígona, quer com um grande livro seu, quer com as suas memoráveis traduções de Sterne ou Blake; (ii) numa entrevista a Luís Oliveira, desdobrada em dois momentos: no primeiro, o editor da Antígona responderá a perguntas da Angelus Novus; no segundo, a editora solicitou a um certo número de autores e colaboradores seus que fizessem cada um uma pergunta a Luís Oliveira. Agradecemos, naturalmente, aos nossos autores e a Luís Oliveira por se terem prestado ao jogo proposto na entrevista.
E agora, sentemo-nos e aguardemos, com bons livros na mão, pelos próximos 30 anos da Antígona.
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