Maria Clara Murteira sobre «A Economia das Pensões»

Transcrevemos um texto que Maria Clara Murteira leu no lançamento do seu livro «A Economia das Pensões», na passada sexta-feira, 23, na Almedina Estádio, em Coimbra.

Nos anos quarenta, Titmuss, eminente académico com um contributo notável no domínio da política social, queixava-se daquilo que designava como a “obsessão dominante” do seu tempo, “de utilizar padrões de referência que elevam as coisas materiais acima das pessoas e tratam a dívida nacional como se esta tivesse maior importância do que (…) as pessoas” [1].   Para infortúnio dos nossos contemporâneos, creio, a obsessão com os défices e as dívidas encontra se hoje hiperbolizada. A preocupação com a escassez de recursos financeiros – os meios – conduz a generalidade dos analistas a negligenciar as finalidades das políticas, eclipsando totalmente o seu propósito humano.

Perspectiva que se revela hoje particularmente expressiva e perversa quando aplicada à esfera das políticas de segurança social. Analisados os sistemas de pensões sob a óptica exclusiva dos custos, o seu propósito último   a segurança de rendimento na reforma – não é sequer mencionado em grande parte dos inúmeros estudos e análises publicados sobre esta matéria. Em consequência, o sucesso das políticas passa a ser avaliado a partir dos seus efeitos sobre os equilíbrios financeiros, presentes e futuros. Assim se construiu a retórica da insustentabilidade das políticas sociais, apoiada numa fortíssima pressão política para a contenção da despesa e na omissão dos efeitos perversos do modelo de regulação macroeconómica seguido na UE sobre esses equilíbrios. O impacto das políticas nas vidas humanas foi ignorado – não integrou a equação – ficando completamente obscurecido pelos dogmas e pelo esquecimento.

Acredito que há razões ponderosas que nos impelem a mudar de perspectiva, na análise económica em geral, mas sobretudo no domínio das políticas sociais, área de relevância crítica pelo seu contributo para a qualidade de vida e a plena realização das potencialidades humanas.

Por pensar assim, este livro foi escrito contra a corrente. Nele, as políticas de pensões são examinadas tendo como ponto de partida os fins dos sistemas e não apenas os seus meios: o livro centra se na segurança de rendimento na reforma.

Este modo, claramente minoritário, de analisar e avaliar as políticas parece me poder ser legitimado por dois argumentos. Porque a consistência lógica a isso obriga, já que o desempenho de um qualquer sistema só pode ser aferido pelo grau de concretização da finalidade que se propõe alcançar. E porque os sistemas de pensões, como quaisquer outros sistemas, não devem ser avaliados independentemente das suas finalidades humanas. Este é um imperativo ético.

[1] Richard Titmuss, The Nation’s Wealth, Extract from Parents Revolt (1943), reprinted in Pete Alcock, Howard Glennerster, Ann Oakley and Adrian Sinfield (eds.), Welfare and Well‐being: Richard Titmuss’s Contribution to Social Policy, Bristol, Policy Press, 2001, p.17.

Lançamento de «A Economia das Pensões»

Foi na passada sexta-feira, 23, na Almedina Estádio, em Coimbra. Perante um público numeroso e atento, Joaquim Feio, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, apresentou a obra de Maria Clara Murteira integrando a questão das pensões na longa duração da modernidade social e económica, chamando a atenção para os perigos do pensamento único nesta matéria e saudando a contribuição do livro para a denúncia do senso comum que hoje vigora na abordagem das pensões.

O grande Sá de Miranda na Biblioteca Lusitana

Com edição de Marcia Arruda Franco, professora da Universidade de S. Paulo e autora de dois livros sobre o autor na Angelus Novus, um grande acontecimento: a poesia de Sá de Miranda, na Biblioteca Lusitana, colecção dirigida por António Apolinário Lourenço e editada em colaboração com o Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra.

«O essencial sobre a Economia das Pensões»: lançamento na próxima sexta-feira

“Histórias amorais para crianças e animais” – o lançamento


É já no próximo sábado, dia 7 de maio, pelas 19h, no café-galeria FÁBULAS, Lisboa.

A apresentação é de José Mário SILVA. A não perder!

«Histórias Amorais para crianças e animais»: o blogue

Fica mesmo ali, nas mãos da personagem de chapéu, e é o blogue do livro de João Diogo Zagalo. Com clips, podcasts, textos, FAQ’s, enfim, tudo o que puder imaginar. Um menu vasto, à sua inteira disposição.

Está à espera de quê?

Agora, e por último, só para os cultores do minimalismo em p/b (gente de design, arquitectura, bué fashion, e mais alguns), e digam lá se também não funciona bem?

Sabe quem é Francisco Romão?

É o autor do logo da Série Z (e do da Angelus Novus, e da Experimente no Sofá, e da Aviãozinho, etc.) e ainda o autor das artes finais da capa. Por outras palavras, foi ele quem a estragou sem piedade, dando-lhe aquele ar de coisa fanada e digna da nossa memória afectiva…

A ele e a Luís Coroado, ou seja, à Olhar-te, deve a Angelus Novus a sua renovada imagem gráfica. Beijinhos à Olhar-te!

E agora, deixem-nos olhar longamente para este logo sem igual…

Sabe quem é Sebastião Peixoto?

É o ilustrador que faz a capa do volume I da Série Z – e, se Deus e o Ecofin quiserem, dos volumes seguintes.

Veja o blogue do livro e diga lá se o Sebastião não é do catano?!

– Meninos e meninas: Chegou a «Série Z»!

Com Histórias Amorais para crianças e animais, de João Diogo Zagalo, a Angelus Novus estreia a sua – extraordinária, única, fabulástica, espectacular, anacrónica, visionária – Série Z.

Uma série para leitores amantes de efeitos especiais.

«Histórias Amorais para crianças e animais», por João Diogo Zagalo

Agora sim, o verdadeiro retrato do artista em corpo inteiro.

João Diogo Zagalo: retrato do artista enquanto Oscar Wilde

João Diogo Zagalo: retrato do artista enquanto pirata das Caraíbas

João Diogo Zagalo: retrato do artista enquanto Nick Cave

João Diogo Zagalo: retrato do artista no show business

João Diogo Zagalo: retrato do artista enquanto membro da Quercus

João Diogo Zagalo: retrato do artista quando jovem

«Doutor Avalanche» em Braga, hoje!

É hoje, em Braga, na Capítulos Soltos. Luís Mourão falará sobre Doutor Avalanche e, como se vê pela demonstração acima, ou por esta aqui, vai ser dos diabos!

«Doutor Avalanche», de Rui Manuel Amaral, em Braga

«Assessoria de Imprensa : questões, contextos e práticas»

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Um guia para as relações entre a empresa e os Órgãos de Comunicação Social. Uma indispensável ferramenta de gestão.

«Doutor Avalanche» na Fnac Chiado de Lisboa

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ouvir podcast

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Não é um terramoto em Lisboa… é uma dose de Avalanches, e é no dia 4 de Dezembro de 2010

Lançamento em Lisboa – 4 de Dezembro de 2010

«Doutor Avalanche» apresentado no Porto

 

  

 

 

 

 

Nas linhas disponíveis no final do livro, Rui Reininho escreveu:

 

 

ouvir podcast do lançamento

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«O Avião Saltitão» e «O Chapéu Telepático» vão a saltar até ao Porto

«Doutor Avalanche» – Lançamento no Porto

Não vai perder a oportunidade, pois não? zzziiinga

 

Doutor Avalanche ao domicílio

 

 

Compre o livro, oferecemos o autor!

 

Está disponível para encomenda o livro «Doutor Avalanche» de Rui Manuel Amaral

Finalmente, está disponível para encomenda o livro «Doutor Avalanche», de Rui Manuel Amaral. Faça a sua pré-reserva agora, através do site da Angelus Novus, e receba o seu exemplar em casa, com desconto e portes de envio gratuitos. Em alternativa, envie o seu pedido para comercial@angelus-novus.com ou ligue 239 713 050.

Brevemente…

Colecção Aviãozinho: já disponível

 

E aqui estão os 2 primeiros números da colecção!

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Colecção Aviãozinho

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Vem aí uma onda…


…de livros novos da Angelus…

…fique à espera!


«Migração e Conflito» de Elsa Lechner, disponível a partir de hoje

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Experimente no Sofá

 

 

Renuncia à ideia de um outro mundo, tal coisa não existe; mas não renuncies ao prazer de ser feliz e de dar prazer e felicidade neste mundo. Eis a única forma que a natureza te oferece para duplicares ou expandires a tua existência… Meu amigo, a volúpia foi sempre o mais precioso dos meus bens; venerei-a e honrei-a diariamente, e quis nos seus braços terminar a minha vida…

 

 

Ao virmos para a América, uma das coisas que mais aguçava a nossa curiosidade era percorrer os limites extremos da civilização europeia e, até, se o tempo o proporcionasse, visitar algumas dessas tribos índias que preferiram refugiar-se no mais selvagem isolamento a curvar-se perante aquilo que os Brancos consideram ser os prazeres da vida social. Porém, encontrar actualmente o deserto é bem mais difícil do que parece. Saídos de Nova Iorque e à medida que nos dirigíamos para noroeste, o objectivo da nossa viagem parecia desvanecer-se perante nós. Percorríamos lugares célebres na História dos Índios, subíamos vales por eles baptizados, atravessávamos rios que ainda hoje têm o nome das suas tribos…

Experimente com um livrinho vermelho

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É melhor no sofá

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Experimente no mesmo sítio que Freud

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«A Esquerda Radical» de Miguel Cardina a dar que falar no Porto

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Será que estes movimentos estiveram do lado certo da história?… Será que estes movimentos ganharam a sua luta?… O que me parece é que por lutarem, por serem movimentos, têm uma história para contar. Eles estão hoje presentes em muito do que é politicamente actuante na política portuguesa e internacional… mas estamos acima de tudo a falar daquelas pessoas que por lutarem já ganharam.

João Teixeira Lopes

 

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É já no sábado

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A esquerda radical na praça Tian an Men e em Xangai

A sedução chinesa, via Paris. Sollers sorridente e militante (e disponível à pose heróica, com bandeira e tudo), Barthes, recuado e alheado (e de gravata). Um mundo de diferenças.